sexta-feira, 9 de março de 2012

Testemunho – Filha de Pastor





Olá, dona Márcia!
Por meio deste e-mail, gostaria de relatar meu testemunho.
Meu nome é Camila Martins, tenho 18 anos, sou filha de pastor e estou como obreira há 3 anos.

Eu tinha 3 anos quando meus pais entraram na obra. Aos 5 anos de idade, fui abusada por um parente, na época, ele tinha 10 anos. Aos 7 anos, eu comecei a passar por grandes problemas espirituais. Via vultos, ouvia vozes, tinha diversos pesadelos, era uma criança nervosa, não conseguia me relacionar com as outras crianças e nem me desenvolver na escola. Os professores diziam aos meus pais que eu precisava da ajuda de psicólogos.
Além disso, tinha problemas de saúde, como dores fortíssimas de ouvido e queda de cabelo. Os médicos não descobriam as causas e os remédios não resolviam.

A partir dos 13 anos, os problemas se agravaram e os traumas voltaram com mais força. Eu comecei a ter muito ódio de Deus, pois eu dizia que o culpado do meu sofrimento era Ele. Odiava este meu parente, era revoltada, sentia nojo e ódio dos homens.

Lembro-me de uma situação que meu pai estava saindo comigo da IURD, e um pastor, amigo dele, veio cumprimentar-nos com um abraço, quando senti aquele cheiro de homem tive vontade de vomitar, mas me segurei. Apesar de ser um amigo da família, companheiro de fé, de obra, eu o rejeitava pelo fato de ser homem.

Na escola, eu passei a ser diferente, comecei a me vestir como um menino, falar muitos palavrões, mentir, falsificar assinaturas do meu pai para sair cedo, além de odiar os garotos do colégio.

Na IURD, eu era diferente. Vestia-me bem, comportava-me, mas não gostava de assistir as reuniões, principalmente as de sexta-feira.
Eu tinha tanto ódio, era tão debochada, que em um domingo, assistindo a reunião, na hora em que o pastor estava buscando o Espírito Santo, eu cruzei os meus braços e fiquei de olhos abertos. No final da reunião, uma obreira veio conversar comigo, me falou para aceitar a Jesus e que eu não esperasse chegar o dia mau para buscá-Lo.
Eu simplesmente me levantei e dei as costas para ela. A partir daquele momento, minha vida só andou para trás, o que era um trauma do passado, passou a ser uma realidade diária.

De uma semana para a outra, minha cabeça virou e me aproximei dos garotos da escola, bem mais velhos. Queria ser como eles, no jeito de falar, de me comportar e me vestir. Entrei para o time de futebol da escola, e comecei a gostar de uma garota também.
Não tive um relacionamento com ela por medo de que a IURD descobrisse e mandasse meus pais embora, esse era meu pensamento, e não pelo fato de ser algo abominável a Deus.

Um dia, esta mesma garota me apresentou um deus que poderia servir-me e atender a tudo o que eu pedia. Eu sabia que ela estava falando do diabo, mas mesmo assim comecei a seguir os conselhos dela e um dia fiz um pedido ao diabo. Eu tinha ódio de um rapaz (eu tinha ódio de todo mundo), e eu pedi para que ele sofresse um acidente de moto e quebrasse a perna direita, dito e feito, no dia seguinte, isto aconteceu.
Até mesmo as pessoas na escola diziam que eu precisava de Deus, e eu sempre respondia: “Eu não preciso desse cara, pra Ele tomar posse da minha vida, Ele vai ter de provar que é muito bom”.

O tempo foi passando, eu já estava no vício da pornografia, filmes, revistas, internet, entre outros. Masturbava-me todos os dias. E o fato de começar a fazer estes pedidos ao diabo me custou caro. Comecei a ser abusada pelos encostos, diariamente, era horrível e não era apenas um, eram vários, pois aquilo demorava muito tempo, e repetia-se por várias vezes na madrugada.
Não os via, mas os sentia por completo, como se fosse um homem, um ser humano mesmo, eu ficava incapaz de reagir, gritar ou ter alguma ação. Eu era triste, nervosa, chorava muito e não contava a ninguém o que se passava, nem para os meus pais.
Sabia que Deus poderia me tirar daquela situação, mas o ódio que eu tinha era tão grande que não aceitava servir a Deus, era algo muito triste.

Porém, houve um dia, na hora em que fui dormir, já sabendo que eles viriam e abusariam de mim novamente, eu chorava, estava tão cansada de toda aquela situação, deitada na cama, me lembrei daquela obreira, das suas palavras, e clamei o nome de Jesus, eu chorava como uma criança e pedia que Jesus me salvasse.

Naquele dia, eu dormi e fiquei em paz, depois disso ainda demorei ainda um pouco para reconhecer que realmente Jesus tinha o poder de me salvar. Após 2 meses, mudamos de IURD e fomos para a João Dias, lá decidi entregar-me para Jesus. Passei a ir todos os dias à igreja, todos os dias mesmo, buscava minha libertação, buscava o Espírito Santo sem medo nem vergonha dos outros filhos de pastores, obreiros etc.

Em 4 meses, eu me libertei e fui batizada com o Espírito Santo, porque entendi que o Espírito de Deus era a garantia de que nunca mais eu cairia, mas para recebê-Lo tive de fazer algo que era impossível para mim, perdoar!
Eu perdoei este rapaz que abusou de mim e perdoei as demais pessoas. Aí sim, fui batizada com o Espírito Santo. Tudo mudou, tudo!

Hoje sou uma nova pessoa, não sou nervosa, não sou rebelde, não tenho doenças, os traumas do passado não têm mais efeito na minha vida. Não tenho medo, angústia ou tristeza. Não tenho os vícios de pornografia e masturbação para preencher o vazio. Não tenho relações com os demônios, e agora posso ajudar as pessoas que sofrem, como eu sofri.

Filhos de pastores que sofrem, que estão no mundo da prostituição, dos vícios, do homossexualismo, e não conseguem se libertar. Obreiras que são mulheres de Deus, mas que sofrem um trauma no passado e, mesmo sendo novas criaturas, ainda não sabem lidar com isso.

Dona Márcia, é importantíssimo o auxílio a estas pessoas, pois, muitos filhos de pastores sofrem sozinhos, seus pais nem desconfiam, como os meus também não sabiam.

Hoje, posso dizer que não há nada mais importante do que ter a vida nas mãos de Deus, nem o amor de pai, de mãe, de irmão, ou de uma paixão pode se comparar ao amor de Jesus!

Um beijo.
Deus abençoe a senhora mais e mais!
Texto extraído do site do Bispo Macedo

sábado, 3 de março de 2012

Como Jacó creu, lutou, mas não se preocupou.




Nós podemos encontrar na Bíblia o exemplo de Jacó, que por 14 anos trabalhou por Raquel, pois muito a amava, ele poderia ter aceitado a escolha de Labão oferecendo-lhe Lia, a filha mais velha, por que não? Não é assim que vemos o que muito acontece hoje em dia na obra? Aí vai a minha sinceridade, acho extremamente errado o que as pessoas fazem, querendo ser “cupidos” eu não aceito proposta de ninguém, acho que em Gênesis fica claro que devemos lutar pela pessoa certa, e não sair se conformando e aceitando o que todo mundo propõe, Jacó não olhou para o tempo que levaria para ter Raquel, Não se preocupou porque teria que trabalhar mais sete anos, mas não deixou de lutar.
Lutar é uma coisa completamente diferente de se preocupar, pois quando eu creio que a minha vida está nas mãos de Deus, então eu confio que Deus tem o controle de tudo, não me preocupo o tempo que vai levar, apenas creio que Deus se encarregará de cumprir o que Ele mesmo colocou dentro de mim.
Se a pessoa ouve a voz de Deus e não deixa se levar às emoções, ela vai sempre saber qual será a boa, perfeita e agradável vontade de Deus, não há como se enganar pois o que prevalece é a vontade de Deus. A vida sentimental é a área em que mais eu vejo obreiros, pastores caírem, não propriamente dito em pecado, mas porque desanimaram, porque pensaram que seria mais fácil talvez, o primeiro “não” já foi o suficiente para desanimar, deixar de lutar, eu te digo, se Jacó se conformasse com a proposta de Labão, não teria quem realmente ama, do que adiantaria? Casar-se com alguém, dizer que está feliz, mas lá dentro queria que fosse a outra? Mas lembre-se que digo isso quando a pessoa ouve a voz de Deus, é claro que se a pessoa não quer que a vontade de  Deus prevaleça, sempre vai ser assim, porque nem sempre , ou quase sempre a nossa vontade não é a de Deus.
Você deve lutar sim pela sua vida sentimental, o que você não deve é se preocupar até chegar ao ponto de passar ouvir e aceitar as propostas do diabo, pois ele sabe o que precisamos, ele vê quando a gente ora, ele sabe o que a gente quer, por isso ele tem o mundo inteiro a seu favor, justamente para tentar ofuscar nossos objetivos e sonhos. Não vá na conversa de ninguém, eu não vou! já recebi sugestões de pessoas que eu “deveria” dar ouvidos, “tentar” que desse certo, mas não sigo nenhuma, se eu não souber o que eu quero, o que vai valer? Do que será válida toda essa minha crença?
Assim serviu Jacó sete anos por Raquel; e estes lhe pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava. 
(Gênesis 29:20) 



RIO DO SUL ESTÁ NESSA!